CONCHINHA
(Sócrates Di Lima)

No leito de amor a vida se acende,
Queima o corpo e derrama o prazer,
Sobre o lençol de cetim a paixão se estende,
E faz o encontro de almas acontecer.

Em espasmos as vozes gritam a paixão,
Convolam em trêmulos êxtases a ternura,
E o amor vibra longe do silêncio da gratidão,
Pois o amor é divino e vale toda a loucura.

E quando os lábios silenciam,
O coração retorna ao estado do compasso,
Os corpos anunciam,
Que o amor ocupou seu espaço.

Então, os braços se entrelaçam,
Em carinhos da sequência ao prazer,
Pois, o amor e o desejo não se estanca, mas, alcançam,
O estágio ilimitado do bem querer.

Um momento que para alguns passa despercebido,
Pela falta da comunhão da alma em evolução,
E se esquece que depois do prazer o momento mais enternecido,
É aquele que se estende na ternura do coração.

É nesse momento que há o encontro do côncavo e do convexo,
Onde os corpos se unem e se amoldam num encaixe com louvor,
E o calor dos corpos se misturam na paz do sexo,
Numa demonstração intensa da verdade do amor

E assim eu quero estar com minha véinha,
Quando a idade do amor verdadeiro chegar mansinha,
Até lá a vida de Basilissa se encaixa  na minha,
Numa comunhão de corpos como se unidos em conchinha.



 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 10/03/2012
Reeditado em 10/03/2012
Código do texto: T3547030
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