SEMBLANTE
(Sócrates Di Lima)
Uma face rosada,
Pele no tom de criança,
Olhar em cor azulada,
Doce esperança.
Seu jeito especial,
De ser sempre a mulher que é,
Tem a doçura igual,
Ao mel com mamão no café.
Semblante de uma pele nua...
Que os raios do Sol ilumina,
Suaviza nos cristais da Lua,
Doce encanto que me fascina.
E na maciez do seu falar,
Misturada no veludo do seu coração,
Tem o jeito polido do cantar,
Do pássaro cantor do sertão.
Basilissa tem nas mãos a maciez do pêssego,
No sorrir o toque belo do marfim,
E no seu querer o apego,
No amor que tenho dentro de mim.
Menina mulher que adoro,
Minha ternura de Maria,
De saudade lhe devoro,
Na minha real poesia.