Poeta revive

Pelas ruas fui caçado,

lampiões na noite escura,

gritos, agitos, lanças e adagas...

Ali... Lá esta... Pega ele...

Muito eu corri, quase desfaleci,

e meus poemas por pouco não os perdi.

Queria recitar na noite, para a lua,

para as estrelas que enfeitam seu olhar...

Queria recitar os mais belos poemas,

somente para você se apaixonar...

Queria recitar para você,

que entre muitos vieram me matar...

Queria recitar para você,

que entre a multidão estava

e pouco, ou nada de mim sabia...

Queria recitar aos namorados,

os mais belos poemas de amor,

E contagiar a todos com a felicidade,

de se ter um grande amor.

Mas foi pura ironia,

pois do meu destino eu nada sabia...

Muito eu queria, mas não podia...

Lanças em ferro fulminante meu coração temia.

Jovens enamorados a janela ficavam,

do alto da sacada também gritavam...

O amor do poeta é tudo o que temos,

não apaguem esta estrela...

não apaguem esta chama...

Nossos dias ficam melhores quando se ama!

Entre muitos gritos eu os ouvi...

Aos meus pés uma rosa...

pisei no espinho e senti a dor...

Não era a dor da morte,

mas sim uma dor de amor...

Amor por todos aqueles que,

um dia meus poemas embalaram...

Despertaram paixões...

Promoveram beijos e algumas desilusões...

Madrugada que chega

e eu num beco sem saída...

Em um instante faço minha prece,

e um Anjo me aparece...

Não temas pois sois de luz,

nada neste mundo o fará infeliz...

Olhei para baixo, gritos de dor...

Poeta que ama não sente dor,

revive na Glória e escreve com amor.

Autor Karlos Brasil

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Karlos Brasil
Enviado por Karlos Brasil em 10/03/2012
Código do texto: T3546563
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