A vinha da espera
Ah, como foi árduo o labor,
do carente que sozinho,
cuidou os vinhedos do amor,
erradicando ervas e espinhos!
O tempo moroso foi co-autor,
sádico, fermentou devagarzinho;
e só agora emprestou sabor,
curando, enfim, o melhor vinho.
Tilintem as taças, por favor,
No começo do novo caminho;
Aos dois convivas, o doce sabor,
De ternura, amor e carinho...
Agora que o deleite é franco,
Grito alto o amor que te sinto;
Teus olhos verdes, o vinho “branco”
Teu sangue quente, o meu instinto...