A vinha da espera

Ah, como foi árduo o labor,

do carente que sozinho,

cuidou os vinhedos do amor,

erradicando ervas e espinhos!

O tempo moroso foi co-autor,

sádico, fermentou devagarzinho;

e só agora emprestou sabor,

curando, enfim, o melhor vinho.

Tilintem as taças, por favor,

No começo do novo caminho;

Aos dois convivas, o doce sabor,

De ternura, amor e carinho...

Agora que o deleite é franco,

Grito alto o amor que te sinto;

Teus olhos verdes, o vinho “branco”

Teu sangue quente, o meu instinto...

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 10/03/2012
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