NA LINHA DO HORIZONTE
(Sócrates Di Lima)
A Lua eu bem sei,
Sobre o mar no seu silêncio manso,
Pinta no céu que eu sonhei
Que com braços estendidos alcanço.
Uma madrugada que nasce em qualquer lugar,
Onde talvez esteja a esperança,
E antes que a chuva possa chegar,
O dia é pintado no sorriso de criança.
E como canta os raios da Lua,
Na canção que a alma alimenta,
Há entre brilhos, voluptuosa vontade nua,
Que o luar entre nuvens o amor ostenta.
Então, levanto ao longe meus prazeres,
De viver o hoje me preparando para o amanhã,
Tão longe vai, dos meus afazeres,
Onde buscando o " Eu" , me encontro, no meu imaginário divã.
Ouse meu amor, olhar-me com luz intensa,,
Que dos teus olhos azuis me ilumina,
Olha-me com teu olhar de aliança,
E continue a me prender em ti menina.
Sou poeta e também sonhador,
Lavrador das poesias que te encantam
Sou dos meus sonhos cantador,
E eles em mim se agigantam.
Longe de ti Basilissa,
nem penso em tristezas,
Embora longe a alegria me acompanha,
Ela faz as minhas fortalezas,
Como quem faz uma façanha.
Então, como o dia que amanhece,
Levanto vôo rasante na minha realidade,
Rio e pinto o meu céu nas cores que enobrece,
E novamente sigo a rota do Sol com tua identidade.
Basilissa, posso levar-te minhas saudades,
Posso levar -te minha alegria em variedades,
Posso manter todas as possibilidades,
De tocar o Sol em ti, e viver a nossa felicidade.
Meu horizonte está em ti Basilissa, meu caminho,
E minha alma decifrada em pergaminho,
Leva e traz o "Eu" voando feito passarinho,porque distante, na linha do horizonte em ti me alinho