NOITE ALTA
(Sócrates Di Lima)

A noite chega sorrateira,
Mansamente se espalha,
Uma noite de sexta-feira,
Uma noite sonora, sem falha.

Sons plangentes ecoam no espaço,
A noite ferve la fora,
E eu aqui com a saudade em abraço,S
Sem chance de ir embora.

Ouço dentro de mim a voz dela,
Chamando e cantando,
Fazendo-se presente sem ela,
No corpo que na noite vai se queimando.

Noite alta,
Embalada na saudade,
E nada me falta,
Senão a pele queimando de vontade.

Vontade de estar perto,
Junto entre o corpo e a alma,
Tudo é certo,
Segue a noite em calma.

E  assim está Maria,
Tomando todo  o espaço,
Que é dela, além da poesia,
E bem enlaçado no seu abraço.

Ela é a minha poesia,
Em forma de mulher,
Com o coração pulsando por mania,
Fazendo exatamente o que minha alma quer.

E assim se faz a noite emmansidão,
Cheia da saudade dela,
Basilissa é minha noite em expansão,
Me enchendo de saudade de estar neste momento com ela. 




 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 09/03/2012
Reeditado em 12/03/2012
Código do texto: T3545487
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