Canção do âmago
Lá no horizonte
O sol deita-se, deixando nas águas,
As flores em seu colorido abençoado,
Pássaros em voo de migração
Levando em cantorias mais um dia que se vai!
Aqui, o entardecer se mostra
Em versos e orações guiadas
Pelo leme do âmago até as entrelinhas
Envoltas em nostalgia onde as liras,
A poesia, emergem sob a pedra esmeralda!
Calado em devaneios nórdicos,
Resgato do vento rimas e estrofes
Um dia, escritas a sudeste dos parreiras
Plantados para o vinho, alimento d’alma,
Sangue do sentimento!
Através da pauta da partitura em fá,
Quimeras prosaicas tatuam o poema,
Navegam pelas nuvens, semeiam no céu
Canteiros de amor, sonhos e fantasias
Nascidas nas chamas do sempre sentir!
Auber Fioravante Júnior
09/03/2012
Porto Alegre - RS