Canoa minha
Canoa minha, vejo-te deslizar,
[] no vaivém das águas,
Molhando tuas tabuas,
Onde vivem estes olhos de destino,
Que escutas pelos madeirais,
O canto dos lagos nos areais.
Sorve a neblina... canoa minha,
Das intempéries, fazendo gotas e brincos,
Nos lóbulos das flores
Oh! Canoa minha, tua elegância alinha-se nas rimas,
No fogo fátuo das Ondina, nos cílios da tarde,
À noite, teus olhos noturnos a fumaça queimam,
Meu inverno solidão.