QUEM SABE?

É, quem sabe um dia?

Nos reencontraremos numa manhã de chuva?

Naquele sorriso que convidou?

No aperto de mão que nos afiançou?

E no abraço, que uniu as almas?

É, quem sabe?

As estrelas voltem a vida?

Naquele mesmo banco de praça,

Onde roubamos o mesmo beijo?

Veja... O rio reencontra o mar, num ciclo que produz vida e beleza,

Num ritual de busca constante...Além da vontade.

Numa destas, quem sabe?

Podemos reencontrar o que se perdeu...

Nas discussões sem sentido,

Nas demandas que feriram e nos abandonos vingativos?

Ver que, além de nós, existe o algo,

Que sobreviveu a tudo.

Suportou o vento,

Reviveu o tempo,

E nos convidará ao novo?

É, quem sabe?