NOS BRAÇOS DE MARIA
(Sócrates Di Lima)
Nos doces desejos,
Minhas manhãs começam quentes,
E do decorrer do dia,
O coração a ele vai se adaptando.
Mas, quando bate a saudade de repente,
Tudo vira nostalgia,
Tudo fica diferente,
E eu me entrego ao coração,
Saío de mim,
Não Busco perguntas e nem respostas,
As tenho todas, enfim.
Nos meus doces desejos,
vem a vontade louca,
De fazer uma ligação,
Mandar um torpedo,
Com mil querências,
Ser, sobretudo,
Meloso,
Carinhoso,
Cuidadoso,
dengoso,
bajulante,
com desejo proliferante,
com o bem amado,
Minha menina,
Minha Maria,
Minha Nêga,
Minha Véia,
Minha Basilissa.
Digo minha,
Porque meu coração é dela,
E o dela, é meu, deveras.
E nessa doce realidade,
Que traz a saudade,
E a vontade de bem querer
De ter,
Apertar,
Abraçar,
Beijar,
amar.
Vontade estas que me remete ao meu interior,
Buscando a razão, a emoção.
E nesse momento,
Sento á beira do meu tempo,
E nem me questiono,
Pela distância,
Pois, me valho do telefone,
e de todas as outras formas de comunicação.
Para com meu amor inteirar.
E a gente se intera tão bem,
Há nessa interação uma gama de paixão,
Um querer imensurável,
Durável,
Cheio de prazer de viver,
E ter a certeza,
De que o amor não se intimida com a distância,
Nem com os infortúnios decorrentes dela,
Apenas se importa,
Com a relação inteira,
Vivida na realidade e fantasia,
Nas palavras e poesias,
E na forma mais doce e intensa de amar.
Minha Maria.
Que me faz abraçá-la,
No pensamento,
Pelos ventos,
E imaginá-la,
Sereia,
Mulher,
O mar.
E eu,
Ali,
Uma rocha viva,
Sempre pronto para ama-la.
Doces desejos,
Doces fantasias,
Minha realidade,
Saudade,
E poesias,
No colo,
Nos braços,
De Maria.