vIRGENS.
Cristais acesos
Lascivos contornados
Se negam e Se chamam
Na indecisão de ansiar paixão
Celestes amores que vem e se entregam
Negando passagem ao por-do-sol
Negam em contradição sensata
Amaciarem-se de carne em fibras
E se perderem por razão
O lume lhes falha
O crepúsculo lhes falta
O amor lhe atira flechas
Pois a estrela se é breo
E negra se fecha
Negando ceder amor
Mansa, calma
Celeste e escondida
Mais no roubo foge
Perdida, pelo céu escuro
Virgens mais sinceras
a deriva a receios
a sensuaais sabores
Que sempre se anseiam