O aldeão e os lobos
E tudo tão calmo
Aprendi a apreciar a paz de mentira
Como o silencio que precede a tempestade
Eu sinto o vazio me seguindo
Como um velho amigo
Ele me quer de volta
Seus braços frios e longos me puxam
Não quero ir
Achei que havia deixado isto para traz
Meu passado minhas dores tudo para traz
Mas não há fuga das memórias
O inferno te segue onde quer que você vá
Sou como a vela acesa na escuridão
Abandonada pra queimar sozinha
Um alvo fácil
Minhas mentiras me alcançam
Minhas dores me transpassam
Com pernas pesadas minha alma não corre
Ela só chora e grita, se contor-se e clama.
Só eu não tenho chance nem vida
Só encontro a paz em teus braços
Só vejo o sentido das coisas em teus olhos
Somente de tua boca ouso as verdades do mundo
Só em teus lábios descobri a verdadeira doçura do beijo
Sou como o aldeão cercado de lobos
Ou o soldado atacado no forte
Você e minha cabana e minha murada
Nosso amor me protege das trevas do abismo
Você e mais de mim do que eu mesmo.