O aldeão e os lobos

E tudo tão calmo

Aprendi a apreciar a paz de mentira

Como o silencio que precede a tempestade

Eu sinto o vazio me seguindo

Como um velho amigo

Ele me quer de volta

Seus braços frios e longos me puxam

Não quero ir

Achei que havia deixado isto para traz

Meu passado minhas dores tudo para traz

Mas não há fuga das memórias

O inferno te segue onde quer que você vá

Sou como a vela acesa na escuridão

Abandonada pra queimar sozinha

Um alvo fácil

Minhas mentiras me alcançam

Minhas dores me transpassam

Com pernas pesadas minha alma não corre

Ela só chora e grita, se contor-se e clama.

Só eu não tenho chance nem vida

Só encontro a paz em teus braços

Só vejo o sentido das coisas em teus olhos

Somente de tua boca ouso as verdades do mundo

Só em teus lábios descobri a verdadeira doçura do beijo

Sou como o aldeão cercado de lobos

Ou o soldado atacado no forte

Você e minha cabana e minha murada

Nosso amor me protege das trevas do abismo

Você e mais de mim do que eu mesmo.

JANNUS LOBO
Enviado por JANNUS LOBO em 07/03/2012
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