Um Segundo

O amanhã amanheceu nublado

A noite foi uma eternidade

A cama, de longe, só saudade.

E no pensamento, um mundo.

Ilusões e sonhos, tudo em apenas um segundo.

O desconforto do leito, olhos avermelhados de sono.

E o anjo que repousa ao lado, dorme em silêncio.

Com as paredes, dor e solidão.

Eu vivo a pensar.

A madrugada parece nunca terminar.

Deito e levanto, levanto e deito.

O caminho até a sala se torna infinito.

E no pensamento, um mundo.

Fantasias e um futuro incerto,

Tudo em apenas um segundo.

O amanhã, amanheceu sem brilho,

Sem sol, fechado e com indicativos de chuva.

A insônia retrata o sofrimento do boêmio.

Que de um lado para outro anda sem destino pela casa.

Interminável dia. Os ponteiros do relógio não querem trabalhar.

E assim, depois dessas idas e vindas,

O dia dá boas-vindas

O amanhecer, que antes era um desafio,

Nasce e sugere a esperança

Da aurora que descansa

No leito de um rio.

E no pensamento, um mundo.

A paz, o sorriso, a felicidade.

Tudo em apenas um segundo.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 07/03/2012
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