SERENIDADE
(Sócrates Di Lima)
Um olhar vago,
Quiçá distante,
Olhar sereno, que trago,
No cálice da saudade viajante.
Olho ao longe o semblante dela,
Que espelha paz e tranquilidade,
Um momento de dispersão pela janela,
Um suave toque de ambiguidade.
E nesse semblante uma beleza rara,
Na mistura das cores, o tom lilás,
Sereno o pensamento para,
Como se parado o tempo ali atrás.
Quem sabe nesse momento especial,
O meu pensamento estivesse nela,
Numa transmissão telepática de forma igual,
Talvez, o pensamento em mim, fosse o dela
É na beleza dessa imagem terna,
Que por traz, uma mulher de pulso forte,
Mostra uma fragilidade eterna,
Que na verdade, tem uma braveza de morte.
E por Basilissa ser assim,
Tão frágil e ao mesmo tempo, tão forte,
Tão brava e tão ativa em mim,
Que a amo com amor de grande porte.
Assim, por todos os momentos que penso nela,
Vejo a imagem linda de uma mulher de intensidade,
Dentro de mim, diante de meus olhos somente ela,
Minha dona encrenca mais cheia de serenidade.,