FILHA DO VENTO
Sigo-te sempre, por todo o lado.
Não te vejo, nem posso te pegar.
Se te alcanço... é um sonho,
Que sem demora vou acordar.
Assim vejo a tua beleza.
Ah, quanta perfeição!
Cabelos negros ondulados,
Pele morena... sedução!
Voz macia... hálito de hortelã.
Sussurras ao meu ouvido um cântico de amor.
Tuas mãos perfumadas desejo com afã
Que percorram o meu corpo, enchendo-me de calor.
Ali eu fico extasiado com sublime aparição
Mas se tento te tocar...
Acaba-se a doce visão.
Volto à vida... triste realidade.
Sigo a perseguição...
Tu és filha do vento,
Ou vives na minha imaginação?
Carmen Rubira – 2005.