Ao Valsar do Jardim

Fiel ao tempo,

Resgato em verbetes

Tudo que a solitude mostra-me

Por estas infindáveis noites, ouvindo

A brisa entalhando catedrais!

Pela viva ferida do coração

Incontáveis versos mensuram

O ensejo guardado na aura,

No contrapasso da vida, deixando

Em cada porto uma semente,

Uma flor colhida na viagem!

Bendito seja o silêncio,

Fazendo com que as folhas flutuem

Ecoando em desejos, gestos idílicos,

Palavras que atingem o âmago

Em formas, tons consagrados

Entre uma prece e uma oração, ao sentir!

Enquanto o jardim valsa

Sob o som do luar, aves da madrugada

Gorjeiam suas canções, figuram pelo céus,

Deixando a entender que o destino divaga

Em nome do amor contido em nossa alma,

Basta recitá-lo com pulsar, do viver!

04/03/2012

Porto Alegre - RS