CONVERSA A DOIS
Quando a conheci na noite ausente,
Senti que era o sopro de um tempo assaz
Na despedida de um rumor inconseqüente
Que me fazia não acreditar na bela paz.
Somente descobri, na face da tua verdade,
Que há sentido no viver, que há amor.
E esse lídimo sentimento de vontade
Faz-me querer-te como uma bela flor.
Oh! Flor de encantamentos belos e sutis!
Oh! Menina dos olhos de amêndoa em cor!
Deixe-me voar pelo infinito do teu verniz
E achar-me no aconchego do teu fervor.
Juliana que me fazes sorrir! Tenha-me assim:
Simples como sou na alma de poeta.
Escreva-me um verso que me deixes em mim
E me leve a conhecer a nossa linha direta.
Quando a conheci, não conhecia o além.
Agora que conheço cada verso de saudade
Quero-te só se estiver nesse meu aquém,
Nesse meu mundo de poeta sem maldade.