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O maior amor do mundo,
habita na conclusão da tarde.
Numa queda brusca do sol,
impaciente,
e pela noite que avança,
cheia de verdades solenes.

Na sala, a natureza morta observa
os últimos instantes de reflexos,
as últimas refrações da lógica,
do meu pensamento que vai embora.
Não há aqui um oceano.
Apenas distância.

O maior amor do mundo,
habita na fronteira das palavras.
Deixou de ser tradução para virar,
abstrato,
a razão para ver o sol voltar novamente,
trazendo mensagens do dia seguinte
e lembranças do exílio, lentamente.






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Foto tirada por mim, no interior de Minas Gerais.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 04/03/2012
Reeditado em 04/03/2012
Código do texto: T3535018
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