Vélhos albuns
Se toda a chuva fosse lagrima
E se de toda a lagrima eu tenho um pouco
Quantos dilúvios terei chorado então?
De toda a paisagem eu sou parte
E em toda a parte eu sou sombra
Em toda a sombra sou silencio
Sou dor calada e injusta
Em todo o voo eu sou pássaro
Em qualquer nuvem faço castelos
De todo o sonho quero ser o anjo
Para lembrar você em cada oração
Olho você de cada retrato que recobre teu velho álbum
Com quem mantenho um antigo pacto de não ser pouco existir, mas permanecer.
Sussurro para você em cada musica
Sou a melodia certa em qualquer canção
Que se mais ou menos não me interessa, Le toca o coração.
Em cada fuga sou teu medo
Em cada dia tua saudade
De cada dia só quero a certeza de te dar felicidade
De toda a distância sou o desejo
Que sempre trás você de volta
De toda a dor posso ser o alivio
Quero ser o amor
O que mais Le importa?
De todos estes dias eu trago as marcas
Velhas cicatrizes dos rigores do tempo
Antigos horrores que teu sorriso apagou
De toda a despedida sou reencontro
De cada encontro sou o beijo
Em cada beijo eu sou espanto
Sou tudo isso e não sou nada
Desejo pouco e nada tenho
E do que tenho que já e muito
Tão pouco e mesmo meu
E é o que eu queria
Por que não sou eu quem te toca
Não e meu teu coração que só me afasta
Por que você que vê tudo, que pode tudo.
Que e tudo em meu viver
Só não pode nem quer mais
Me ver.