Vélhos albuns

Se toda a chuva fosse lagrima

E se de toda a lagrima eu tenho um pouco

Quantos dilúvios terei chorado então?

De toda a paisagem eu sou parte

E em toda a parte eu sou sombra

Em toda a sombra sou silencio

Sou dor calada e injusta

Em todo o voo eu sou pássaro

Em qualquer nuvem faço castelos

De todo o sonho quero ser o anjo

Para lembrar você em cada oração

Olho você de cada retrato que recobre teu velho álbum

Com quem mantenho um antigo pacto de não ser pouco existir, mas permanecer.

Sussurro para você em cada musica

Sou a melodia certa em qualquer canção

Que se mais ou menos não me interessa, Le toca o coração.

Em cada fuga sou teu medo

Em cada dia tua saudade

De cada dia só quero a certeza de te dar felicidade

De toda a distância sou o desejo

Que sempre trás você de volta

De toda a dor posso ser o alivio

Quero ser o amor

O que mais Le importa?

De todos estes dias eu trago as marcas

Velhas cicatrizes dos rigores do tempo

Antigos horrores que teu sorriso apagou

De toda a despedida sou reencontro

De cada encontro sou o beijo

Em cada beijo eu sou espanto

Sou tudo isso e não sou nada

Desejo pouco e nada tenho

E do que tenho que já e muito

Tão pouco e mesmo meu

E é o que eu queria

Por que não sou eu quem te toca

Não e meu teu coração que só me afasta

Por que você que vê tudo, que pode tudo.

Que e tudo em meu viver

Só não pode nem quer mais

Me ver.

JANNUS LOBO
Enviado por JANNUS LOBO em 04/03/2012
Código do texto: T3534164