Será que é amor?
O telefonema...
A surpresa da lembrança...
O coração fica estarrecido
E a saudade avança
No peito, cortante
Tal qual um punhal
Desgovernado.
A paixão...
Inibe a fala e a alma
E deixa inerte os pés.
A ilusão...
Revela a ânsia do momento do amor
E invade
Em ato covarde
A saudade
Traduzida em lágrimas.
A mente...
Entrega-se ao devaneio...
À emoção do encontro
Que aquece o coração
Esperançoso
Apaixonado
Ansioso pelo abraço.
O sol radiante...
Despede-se do carinho recebido
Do momento extasiante
E sobe... lá no horizonte
E leva seu brilho para dar lugar à noite
Que espera...
Num tempo em que nada tem cor
E o âmago fica dilacerado pela dor dessa expectativa...
- Será que é amor?