"Luz eterna"
O destino que traço, em sonhos e letras...
Levam-me ao encontro do desconhecido,
O caminho está descrito em meu coração
E por ele e com ele conduzo-me.
Crio estradas por onde caminho,
E ao fazê-lo edifico meu destino.
Nele encontrarei a paixão,
Desmistificada e realizada.
O ponto final é o começo,
De um sonho projetado
Na mente que ainda mente
Em não admitir o desejo.
“O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar
que estamos criando.
O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o
ato de faze-lo muda tanto o realizador quanto o destino.”
Saint Exupéry
Certa vez sonhei algo que ficaria para sempre
projetado em minha mente, e neste sonho encontrei forças
para construir o caminho para o meu destino. Quero relatar
o fato para que ele sirva de estimulo a vocês, colegas
leitores:
“A casa era todinha de madeira, com cheiro de novo que se
espalhava por toda a vizinhança, a sua volta uma enorme
varanda a deixava ainda mais bela e com um colorido que
anunciava a felicidade eminente.”
“Ao entrar na casa podia-se sentir a harmonia pairando no
ar, além da organização e capricho que denotavam a
existência de pessoas extremamente prudentes e sonhadoras:
a sala, com suaves cores exibia dois sofás simples mas
aconchegante, uma estante de madeira nobre que comportava
livros antigos , fotos de duas crianças sorrindo e de um
casal com o rosto colado, de tão idênticos pareciam
gêmeos.”
“Não existia divisão, os ambientes separavam-se pelos
móveis, pelas disposições de objetos que identificavam
seus usos, ao lado direito da sala citada, havia um
pequeno balcão com três bancos altos, também de madeira
nobre, atrás do balcão uma pequena prateleira com vinhos,
licores e taças. Seguindo adiante, era visível outro
conjunto de sofás encobertos por enormes almofadas e
abaixo um belíssimo tapete felpudo de cor branca, ao
centro, já na parede, uma enorme televisão, sugerindo ali
um ambiente onde a família poderia desfrutar de algum
lazer.”
“Um dos quatro quartos existentes na casa mais parecia um
céu: era todinho pintado de azul, um azul clarinho que
emitia uma tranqüilidade estonteante, ao centro uma enorme
cama de casal que caberia três adultos deitados.”
Leitores, a descrição encerra-se neste momento,
pois tenho lembranças de um sonho interrompido, só resta a
lembrança de pétalas de rosas espalhadas ao chão, de uma
voz ao meu ouvido dizendo “Minha luz eterna”, de uma mão
tocando-me suavemente e do silêncio que se fez em
seguida....