NOSSO AMOR
(Sócrates Di Lima)
O amor pede,
Não implora sobrevivência,
Nem quando atormentado,
entra em insolvência.
E nós sabemos
Do que o amor precisa,
Para se sentir eterno.
O amor é o nosso sonho transmudado,
Que saiu do esconderijo da paixão,
Para se mostrar na multidão.
O amor para nós é chuva,
Que lava a alma e o corpo,
É a volúpia que acende,
E incendeia.
O amor rasga,
cura,
cicatriza,
Encandeia,
Não silencia.
O amor em nós não se esconde,
Nunca se faz evasivo,
O amor para nós é de todas as estações,
No clima do coração.
Quem ama como nós, pede,
Roga,
Que esse amor nunca se vá embora,
Nem se torne cego.
Pois, o amor precisa,
De todos os olhos,
Todas as luzes,
De todas as formas para se amar.
É o carinho em dobra,
Nunca sobra,
A ternura para se enamorar.
Para Basilissa e eu,
O amor não precisa de procura,
Provas,
Nem se importa com religião.
Para nós, o amor não escolhe cor,
Muito menos coração.
O amor não tem etnia,
Nem politicagem,
O amor é poesia,
Na sua própria imagem.
O amor levanta cedo,
E dorme tarde.
O amor é o maior apego,
Dorme nos braços da saudade.
O amor nos alimenta,
Não foge da raia,
Sobrevive ás tormentas,
Não se mostra em tocaia.
O nosso amor é luz,
É Sol, estrela e cristais do luar,
O nosso amor é terra, fogo e ar,
É o mar que o coração se faz navegar.
É dono de todos os elementos,
Que na natureza se faz sobreviver.
O amor tem todo tempo,
No tempo de se amar,
Que nunca se deixa morrer.
O amor jamais nos esqueceu,
O meu amor é Basilissa,
E o seu amor sou eu,
E sem qualquer vaidade,
Seja como for,
Que venha a melhor idade,
Para o nosso amor.