BRANCAS FLORES
Todas brancas, eram as quimeras
Naquela flor de ávidas almas em perfumes,
Foram-se teus polens e as anteras,
Ficara o cheiro doce entre os meus lumes.
Todos haikais de uma sublimidade
Expandiram-se em prosa os teus desejos.
Ah, quisera me achar em tua idade
E desvendar segredos de néctares e beijos!
São todas luas, bordas de tua alma,
Que ao céu vagam em raios de esplendor.
Remotos tempos, versando a calma
De um paraíso pálido, em lágrimas de dor.
Choram as estrelas em teus vitrais
Repartidas luzes que não ascendem ao céu.
Estilhaçados astros em tais cristais
Derramando o sangue em teu cândido véu.
*****
®
Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 02 de março de 2012.