BRANCAS FLORES

Todas brancas, eram as quimeras

Naquela flor de ávidas almas em perfumes,

Foram-se teus polens e as anteras,

Ficara o cheiro doce entre os meus lumes.

Todos haikais de uma sublimidade

Expandiram-se em prosa os teus desejos.

Ah, quisera me achar em tua idade

E desvendar segredos de néctares e beijos!

São todas luas, bordas de tua alma,

Que ao céu vagam em raios de esplendor.

Remotos tempos, versando a calma

De um paraíso pálido, em lágrimas de dor.

Choram as estrelas em teus vitrais

Repartidas luzes que não ascendem ao céu.

Estilhaçados astros em tais cristais

Derramando o sangue em teu cândido véu.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 02 de março de 2012.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 02/03/2012
Reeditado em 12/02/2014
Código do texto: T3530688
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