"Satisfaço-me de sangue, carne e mentes fracas...”.
 
Pode beber do meu sangue
Sacie sua vontade animal
Quer em gotas ou num cálice
Dou-lhe meu sangue total
Coma do meu corpo minha carne
Satisfaça seu canibalismo nato
Deguste cada pedaço com calma
Tempere ou se satisfaça dela crua
Sua crueldade alimenta minha curiosidade
Doo-lhe assim meu corpo e meu sangue
Um corpo perdido no tempo da sua memória
Um sangue renovado em angústia a cada instante
Faça do meu sangue sua bebida predileta
E da minha carne seu prato principal
Mas nem pense na fraqueza da minha mente
Se é da deturpação da sua que eu me alimento
Se sua mente é a cada dia meu melhor manjar
O mais doce dos venenos que lhe subtraio
A melhor das bebidas que destilo com esmero
Mas sei que não é de mim que se satisfará
Precisa de uma multidão hipnotizada para seu império
Porém, ela já teve seu reinado reivindicado pelo olhar de outro
Um conquistador menos dócil que sua satisfação esboçada
Foi aquartelada por aquela "profecia do sequestrador"
E todos voltaram ao mesmo início do seu fim programado
Do final perfeito que há séculos imagina numa tela perfeita
Um quatro por quatro num enquadramento inimaginável