Direito Charrua
 
Florzinha da boca bonita
Com raízes benditas nas águas de Ilhéus
Dali donde se ouviu lá em Itabuna o Amado
Do outro lado do rio cantando aos céus
 
Pregado às cruzes do chão
Do mais puro Brasil
 
(quero ser o teu cantil)
 
Os meus olhos da alma, Morena!
Compreendem a tua forma serena
De perceber que o Direito
É apenas jeito de chamar a atenção
Do dever com defeito
 
E é desta forma que chamo a tua
 antiga norma do Direito Charrua
Dos tempos sem rua
 
Que me fazem dever
E por vezes chover
Porque és a credora
E é teu o Direito sobre todo o defeito
E a  dívida toda do meu coração
 
Minh’Anja “Promotora”
E diaba defensora
Para quem eu minto
Que conheço a entrada
Deste labirinto
 
Me acusas num "não"
E num "sim" me defendes
 
E juíza ao final
Num júri pessoal
Me condenas à perpétua saudade
E à pena do velho renascer
 
Que amar é o pior crime
E a sentença é sofrer
Eeu a  quero cumprir
No teu interior
Sem nada de indulto
Que eu só quero, Morena,
É o Direito, por te Amar com defeito
Ao aumento da pena..


 
 
Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 02/03/2012
Reeditado em 15/05/2012
Código do texto: T3530240
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