COLHENDO

No meu peito uma paixão.
No meu corpo
fogo
brasa
ardencia reutilizável
que chora labaredas pelas minhas pernas
exilando o pudor,
amor sem dor
tesão de amar - trincheira do meu afoito querer.
Que se desfaz
liquefaz,
misteriando a língua dos escribas
em insignificantes outdoors
que te expõe aos meus olhos.
Meu ventre-piracema o teu amor navega
feito peixe elétrico
acendendo ao olhar
rangendo dentes
arqueando as vértebras
prevendo a chuva
que me rasga a pele - quimera das águas!


Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 01/03/2012
Reeditado em 23/06/2013
Código do texto: T3529381
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