Não se fabricam poetas

Nenhum púlpito faz o Poeta,

nem se pode saber de onde vem:

se um minúsculo ser, ou um atleta...

Não tem rosto!... Só alma é que tem!

Do festejo não brota um Poeta.

Vem num dia qualquer, numa tarde,

sem convites, saraus... quase asceta:

não precisa o Poeta de alarde!

Não se torna, em verdade, um Poeta

o que aplausos se ocupa em buscar;

pois que a busca maior lhe é secreta:

seu sentir... e sua sede de amar!

Não se faz verdadeiro um Poeta

por mil versos dispor-se a escrever!...

Pode vir de um sentir que engaveta

e lhe explode da alma, ao sofrer!

Versos vêm! Não se traz como meta...

Um poema não é pura maestria!

É a poesia que escolhe o Poeta:

ele as deixa escapar... nunca as cria!

Não se faz por vontade um Poeta:

vem na Essência, e é disso que é feito...

Pois resulta, de forma direta,

desse amor que lhe pula do peito!

Mas o que realmente, é o Poeta?

É o que traz do Universo a alquimia

e se faz, do sentir que coleta,

"Big Bang" que explode em poesia!

Dedico este poema a um Poeta de Essência que nunca precisou

abrir mão de sua humildade ou obter consagração pública para

se fazer o mais brilhante e autêntico poeta de que já tive notícia:

Antônio Lycério Pompeo de Barros, meu tio!

Todas as obras publicadas do autor podem ser encontradas em:

http://www.skoob.com.br [buscar pelo nome do autor]

http://www.lojasingular.com.br [buscar pelo nome do autor]

http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF1_ShopWindows.aspx

Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 01/03/2012
Reeditado em 14/08/2014
Código do texto: T3529216
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