A última noite
A ÚLTIMA NOITE
Quando a voz,
do meu amado ouvi,
naquela noite escura,
travada na penumbra,
uma lágrima caía,
eu sentia, eu ouvia
a voz de um trovador.
Vibravam aqueles versos
como se da lua saíssem,
tremiam aqueles lamentos,
como se as twist em rebentos
cansadas da saudade,
daquele beijo apaixonado.
Que tão cedo teve fim.
E dos gritos e lamentos,
eu guardei no pensamento,
a última noite que foi assim:
A lua sempre me ajudou,
já era madrugada,
em ânsia meu amado,
nos meus braços desmaiou.
E o sexo do pecado,
sensação maior do amor,
sublime prazer, morreu de dor,
ouvindo sempre o trovador.
Lua, traz de volta uma noite linda,
hoje eu vivo tão sozinha,
com carinho e sem tristeza,
quem sabe escureceu,
foi ele que se escondeu,
pra mostrar que não morreu.
Volta meu querido
dar fim nos meus soluços,
sei que estás escondido,
a procura de abrigo.
Lua solidária a minha tristeza,
Assim falas a lua, minha dor é igual à tua...
É uma questão de natureza.
Sem medidas a dor, porém tudo é uma beleza.