AMADO DANÇARINO (DEDICADO PELO ESCRITOR DRIGUINHO A MIM)
O Poema abaixo foi dedicado pelo meu grande amigo poeta Driguinho á mim, e não poderia deixar de postar esse texto majestoso que tanto me emocionou. Espero que gostem caros leitores:
AMADO DANÇARINO
Um clarão nos olhos de todos
Sua chegada anunciou
Meio anjo, meio demônio
Com seus lábios semi abertos
A todos encantou
***
Senti raiva
Orgulho e despeito
Mal sabia que olhando seu andar
Em direção ao palco
Um louco amor
Se cravava em meio peito
***
Com olhar de moleque
E gestos de cafajeste
A atração se tornou
Esnobava com seus olhares
Seduzindo com se remexer
Pra quê, pra quê
Tanto poder
***
Eu antes rei dos palcos
A plateia ocupou
Você que na plateia chegou
Vejo que em majestade no palco se tornou
***
A sincronia dos passos
Quase fatais
A elegância dos atos
Desgraçadamente ou abençoadamente sem iguais
A musica tocada a ti
Perfeita na sedução
Todo ódio que sentia, inveja
Aqui não mais estão
***
Nada ouço a não ser a musica
Que sai da tua alma dançarino
Enquanto me provoca com desprezados olhares
Tudo culpa daqueles que pra você são
Seus mais simples passos
Lindo dançarino!
***
Agora meus olhares antes raivados
Fitam admirados a ti
Os mais belo dentro aquela boate
Onde soberano só dança e nada diz
Palavras não refletem
O poder de teus atos
São mágicos ou maléficos
Não sei
Por você aos poucos me mato
***
Quem lhe fez assim tão divino
Tão belo e tão fera
Dançando passa
Todo sol e chuva da primavera
Senhor de tantos amores
O dono dos que te olham dançar
***
Meu coração já está
No ritmo
Dos passos teus
Da tua coreografia
Ousada
Por ti estão indo embora
Todos sentidos meu
***
E quando o espetáculo
Parece acabar
Tu desces do palco e a todos começa desprezar
Nem obrigado ao admiradores teu orgulho deixou falar
***
Que poder terás
Esse dançarino
Com seu doce e mortal gingado
Dançando ele ama
Ele odeia
A música te faz feliz
***
Do topo da sala dourada
Coberta de ouros para ti
Curte tudo
Olhando desafiante pra mim
Á multidão lhe rodeava
Te idolatrava
E você com sinal de pare, humilhava
***
Não fico apenas nas palmas
Mas com um desejo
Que me fez sincero
A meu peito
***
Te cercando e lhe enfrentando
Como dois reis
Disputando aquele palácio de dança
Teus lábios beijei
Nesse instante me vi preso
Jamais dançarino
Esse beijo esquecerei
***
Lá se foi você
Escoltado de guardiões
Ovacionado e reverenciado
Te confesso
Esta noite foi um rei
***
Agora aqui ao relembrar
Sinto meu peito chorar
Quero ti
Cabes a mim, homem que antes mandava
Agora ser humilde em convidar:
“Nesta noite, queres dançar pra mim amado dançarino?!”
Dedicado ao escritor e professor de dança de salão Leandro Goulart