Gritos da noite

Às vezes fico a pensar comigo mesmo,

Que tudo o que nos move é o desconhecido.

O que somos? De onde viemos? Para onde vamos?

E está talvez seja a doce ilusão de viver.

No entanto, de todas as formas que a vida propõe a ilusão

A maior delas é o amor. Assim somos vencidos,

Pela doce ilusão de amar. Pelo que não conhecemos,

Mas somos conhecidos; pelo que não somos, mas nos tornamos.

Oh! Minha grande amiga, quão bela é,

Que tua beleza resplendece o alvorecer.

Tão linda que a vida de assombra como um mistério,

Que entre tantos, o maior é o amor.

Porém, aquele que te ama e ama a tua beleza,

Esse está condenado, pois quem a ama é tão perecível quanto.

Mas deixe que a amem pelo que é desconhecido,

Por aquilo que jamais ousaremos saber.

Contudo, se gritares de noite, entre risos e pranto,

Sem acalanto, sem meiguice, entre a dor e a renúncia,

Viva a plenitude do ser, sem medo e sem rancor,

Pois a noite passará para dar lugar ao amanhecer.

O amor é supremacia da felicidade do ser,

O qual sem ele seremos escravos de nós mesmos.

Amar o outro é amar a si, porém nunca se esquecer de si.

Amar é buscar a inefável essência da vida.

Quando um dia te perguntarem porque ama,

Diga somente que é pelo mistério de amar,

Pelo que é desconhecido, mas se faz conhecer,

E se um dia se conhece, nenhum mistério será.

TAS
Enviado por TAS em 01/03/2012
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T3528298
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