Ela, somente ela.

Qual o melhor caminho em que à guisa do tempo pode ser frutífera,

Senão, aquele ao qual meu coração perdeu o próprio tempo.

Oh desgraçado e imundo mundo!

Que fez da minha mente um ato cruel,

Onde padece em mim a cólera de toda a desgraça lançada no tempo,

Como em um abismo que nunca se tem fim, embora tudo o tenha.

O que mais tenho senão o tempo que me resta,

Esse covarde que me trai.

Dele sou escravo, como meu coração

Da mulher amada ainda que distante.

Por que o tempo e por que ela?

Por acaso, haverá outro tempo e não ela?

Por acaso, ambos não são tão singulares,

Que o peso e a medida devem existir em mim.

Não há mais ninguém e não há mais tempo,

Ambos se confundem no êxito dos meus passos.

É ela, somente ela, com aqueles grandes olhos verdes

Que faz o tempo parar.

Como a magia também faz o futuro aparecer

Admiravelmente airoso como plumas celestes.

E o tempo perde seu caminho de ação,

Não se conjuga, se torna um instante imensurável,

Onde apenas o seu ser, tão belo e precioso

Aparece diante de mim em qualquer época e lugar.

TAS
Enviado por TAS em 01/03/2012
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T3528286
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