PROFUNDO
 
 
Os mistérios, solenes,
ora se esbarram num triz!
Pois, de novo, em ti,
no teu plasma,
haverei de navegar fluente,
infiltrando tentáculos
e cravos viris.
 
Virei explorar ao rever-te
onde o íntimo brame
(teu almirante, cheio de flerte
e dono do mundo,
antes vem infame).
 
Navegarei o amor até o fundo.
Profundo.



Poema integrante do livro "Carne Íntima", 1984.
Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 29/02/2012
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