CARTA DE AMOR
(Sócrates Di Lima)
Basilissa, minha eterna namorada,
Alma que me encanta,
Luz que me ilumina na madrugada,
Melodia que comigo canta.
Volvo o rosto para o teu embalo,
Sinto a brisa me acariciar,
Em poucas palavras e falo,
Da grandeza do meu amar.
Trago a baila minha inspiração,
Traduzo em papel as penas da minha emoção,
Discorro o amor com sua exatidão,
Minha alma se acende na chama da minha razão,
Só pra ti, escrevo minhas missivas, em papel grepon,
Em letras floridas riscadas em pergaminho,
Quais, na minha alma dá o tom,
Mostra que eu não amo sozinho.
Falo-te Basilissa, incansávelmente do meu amor,
Falo-te muito da minha saudade,
Por vezes falo-te da minha dor,
Falo-te sem dúvidas, da minha ansiedade.
Falo-te Basilissa, das minhas eventuais tristezas,
Dos sonhos que contigo ainda, não sonhei,
Falo-te de toda as belezas,
Das loucuras do amor que eu ainda não te dei.
Falo-te Basilissa, dos meus desejos,
Da vontade louca de todo dia dos teus beijos,
Que nas madrugadas me levanto em lampejos,
Querências dos meus ensejos.
Falo-te Basilissa, de minhas lutas,
Meus fracassos e vitórias,
Das minhas árduas labutas,
Falo-te das minhas histórias.
E porquanto, tanto te falo,
Falo-te do essencial do meu amor,
E como assim é a mulher que ouve, não calo,
O teu amor é grande e assim, ainda é bem maior.
Assim, nesta carta sutil escrita,
Em vozes que em minha alma agita,
Nela eu pinto o amor que aqui dentro grita,
Na tua voz de amor quem em mim habita.
E se a saudade por ora, também te pegar de jeito,
Trazendo a doçura do nosso amor de agora,
Cante comigo, pois aqui no meu peito,
O teu amor criança me chama a toda hora.
Te amo e por certo continuarei assim,
Te amando na qualidade deste amor sem fim,
De tão grande é ardente, é oceânico em mim,
Vulcânico jorra lavas de prazer, enfim.
Como toda carta de amor tem tom meloso,
Tem um pouco de tristeza, alegria, paixão e poesia,
E se não fosse nesse tom jocoso,
Carta de amor, não seria.