O Fim do Amor?




A vida só poderá ser vivida,
Quando ela estiver envolvida,
Na vida de outra vida,
Numa total melodia.

Pois se a sua vida não estiver
Sendo vivida pela vida de alguém,
Você estará malfadado,
A viver uma vida sem ninguém.

Viver sem ninguém,
É como olhar o céu sem estrelas,
O mar sem sereias,
O deserto sem dunas,
Os jardins sem as suas belas flores.

Por isso ame, ame muito,
Ame intensamente.
Mais do que a você mesmo,
A ponto da vida dessa pessoa,
Ser a sua vida,
Iluminada e peregrina,
Testemunha vital da sua sina.

Veja o que está ao redor de ti,
Onde o amor está?
Como ele está?
O que fará?

Vidas abertas são felizes
Quando estão fechadas por outras,
Chave e fechadura,
Pena e pergaminho.
Luz e sol.

Não tenho amor, apenas sonhos,
Que são reais quando durmo,
E utópicos quando acordo.
Viver entre o sono e a utopia,
É o castigo de quem vê alem do tempo,
A vida que está presente.

Não maltrate o seu amor,
Não lute contra o seu amor.
Um dia ele terá fim,
O que você irá fazer então?
Viverá o arrependimento da solidão?

Viva a vida intensamente,
Como se fosse o último segundo.
Pois nesse momento solene,
É que veremos o doce sabor
Da tão sonhada vida que amamos,
Amamos, mas não temos,
Simplesmente por que
Não queremos ter.

 
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 28/02/2012
Reeditado em 10/08/2015
Código do texto: T3526258
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