O ASSASSINO

Minha vida pacata e calma

No desenrolar dela aprendi,

Com este corpo unido à alma

Neste mundo apenas sobrevivi.

Passei por vários momentos

Fui plebeu, fui rico, fui pobre,

Enfrentei bonanças e tormentos

Mantendo-me fiel sempre nobre.

Vivi austero todo meu cotidiano

A cada novo dia matando um leão,

Vai passando dia, passando ano

Veio aposentadoria, uma premiação.

Dai sem ter mais nada pra fazer

Só me resta seguir meu destino,

Matando o tempo pra não morrer

Me transformei n`um assassino.

“assassino do tempo”

José Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 28/02/2012
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