DOCE OLHAR

(Sócrates Di Lima)
 
 
Basilissa, olho-te...
E no meu olhar te acho,
Me revelo, te encaixo
Em mim, acolho-te.
 
Num olhar adocicado,
De paladar induvidoso,
Um olhar verticalizado,
Olhar manhoso... de gozo.
 
Pela vida...
Atrevida,
Sem saída,
Íris distraída.
 
Basilissa, olhar de primavera,
De cantos e quimera,
Olhar que não pondera,
Mas o meu olhar dilacera.
 
Basilissa, teu doce olhar,
Sem vertigem,
Olhar de casulo virgem,
Ao me descasular.
 
Basilissa, o meu olhar pede,
Reclama,
Chama,
Recebe...
 
Basilissa, busca na intimidade,
Um olhar selvagem,
Que invade,
Indescritível viagem.
 
Basilissa, é no teu doce olhar incandescente,
Que desvirgina meus anseios,
Rompe o hímem complacente,
Dos desejos que escorrem em veios.
 
Basilissa, no encanto visceral da alma em elevo,
O meu olhar entrelaça o meu pensar,
E nas vontades que me tomo eu devo,
Me entrelaçar na volúpia do teu doce olhar.

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28/02/2012 15:47 - Basilissa
olhar que tudo vê, que sente no corpo os desejos da alma , que em lembranças se perde quando em mente surge o bem amado .
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3525289
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