MINHA SAUDADE E A CHUVA
(Sócrates Di Lima)
O céu se abre numa esplosão de amor,
A chuva desaba para a terra salvar,
Mas, também traz a brisa que abafa o calor,
E com elas a saudade de quem se derrama em amar.
Saio lá fora sem duas vezes pensar,
Abro os braços e quero a chuva abraçar,
Como se abraçando Basilissa me ponho a cantar,
Agradecer a natureza e Basilissa amar.
Deixo pelo meu corpo escorrer,
A chuva como seiva que da vida brota,
Como se a voz de Basilissa viesse a me socorrer,
No prazer de ter na chuva, a saudade que me conforta.
Olho a chuva que não está nem aí,
Nem se importa com a minha saudade dela,
Ri de mim, debocha, me faz ficar aqui,
Prostrado e inquieto na minha janela.
Fecho os olhos e me pergunto,
- Se a chuva não pode trazer-me Maria,
Trocar esta saudade que chega junto,
Pelo calor dos braços do dia.
E a chuva nem se importa, ironiza,
Bate á janela, ainda, mais forte,
O telefone toca, e minha saudade ameniza,
Meu peito suspira é minha doce sorte.
Ainda, olho a chuva que desliza la fora,
Fazendo bela as pétalas de rosas,
Mesmo com ela aqui, a saudade não vai embora,
Insistente as duas são poderosa.
Todo dia, toda hora ela me invade,
E eu até gosto dessa saudade dela,
É sinal de que, de quem tenho saudade,
Mora em mim e eu moro nela.
Fecho os olhos e o seu corpo tomo,
Nele deslizo feito a chuva que cai,
O meu corpo o corpo dela retomo,
Enquanto o meu corpo fica o corpo dela vai.
Saudade de Basilissa, minha amada,
Que por agora em mim se encaixa como uma luva,
Me abraça e escorre em mim minha doce namorada,
Faz a comunhão do amor, entre eu, ela e a chuva.
E aí vem o Sol no pico da minha íris,
Sol e chuva com a gente combina,
Em seguida vem o arco-íris,
Coloriar a saudade da minha menina.
28/02/2012 15:45 - Basilissa
saudade da chuva que molha a alma , que todos os desejos acalma. chuva que deixa os corpos molhados , acariciados e saciados de dois loucos enamorados ...