O Meu Carrinho de Flores do Campo...

Amo os Amores.

Amores que puderam ampenas ser "quase" Amores.

Amores perdidos. Sonhados.

Amores esquecidos. Doídos. Guardados.

Como não falar de Amor…

Se tocas em meu corpo. Em meu rosto.

E os perebo esculpidos por Deus

A caberem apenas em tuas mãos.

Os meus ouvidos.

Acústica perfeita para os teus sussurros e segredos nossos.

Escuto com perfeição o chorinho da tua alma minha.

Amor de minha vida.

Perdoa-me se faço-te chorar por vezes.

Haja que quando choras… Morro eu.

Quem dera poder dar-te todo o tempo da vida minha.

E não ter que entregar-te palavras que trago de outras vidas

Exaustas e todas vividas sem ti.

Todas com saudades e à espera de ti.

Gosto de sonhar que posso andar de mãos dadas contigo

No espaço das estrelas estrelas.

Que podemos despirnos de nossas "bagagens"

Dos descréditos empoeirados d'antes.

E levitarmos apenas sobre o Amor nosso.

E eu levaria-te até as estrelas…

Num carrinho de mão trançado com as flores do campo.

Sopradas com ventos que juntariam-nos tanto… Tanto.

Que não caberia espaço entre mim e ti.

Seríamos apenas "um"… misturados tanto…

A percorrer as estrelas.

Anjos nos levariam… Tocando musiquinhas do céu.

Então irias… Pelo longo caminho…

A enfeitar-me os cabelos de flores.

Assim… Como o fazes em todas as Primaveras.

E eu teria apenas histórias felizes a contar-te

E dizer-te que tudo sempre acabou bem em mim.

E que nada dói. Apenas este Amor que sinto.

Que de tão imensurável…Perpassa as medidas de todas as palavras.

E apenas dói… Uma dor de plenitude e quase morte.

Uma dor de saudade e lamento do tempo que não fui tua.

Amor de minha vida.

Estamos no espaço e sem espaço para nada que apenas nós.

Enfeitaste os meus cabelos de flores do campo pelo caminho.

Escolho, então, duas estrelas guias e enfeito o teu olhar.

Miras então o teu elhar aos caminhos meus… E norteia-me.

Enquanto houver o Amor e esta ausências de espaço para o tempo.

E que neste espaço sem tempo… Caibamos apenas nós.

Vem. Senta-te aqui comigo na pontinha da Lua.

Duas varinhas de pescar. Anjinhos trouxeram-nos.

Pesquemos estrelinhas guias.

E eu as guardarei. E não cansa-te de mim.

Pois se permitires, meu amorzinho…

Substituirei as estrelas do teu olhar para mim

Por todas as vezes que o espaço só nosso

Ousar dar espaço a um tempo antigo de mim.

Amor de minha vida.

Abre a nossa malinha de sonhos bons de finais felizes

E pesquemos no nosso espaço sem tempo

Estelas da Aurora.

Estrelas de sempre recomeço.

Karla Mello

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 28/02/2012
Código do texto: T3524455
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