O Flautista
Vivia tocando flauta!
Pelas ladeiras sem fim.
Das aldeias.
Os Moradores.
Seguiam atrás de mim.
Flautista seresteiro.
Por que nos faz andar assim?
Dizia a viúva aflita.
Reclamando atrás de mim.
Flautista se tua Vida não fosse caminhar.
Eu te pegava para mim.
Dizia a donzela doce.
Doce como a própria noite.
Seguia com a juventude.
As batidas do seu coração.
Sonhando com minha música e com uma paixão.
Ao longo da caminhada.
O mar se fazia enxergar.
Minha Flauta e sua música.
A ele vinha saudar.
E o povo mesmo sem saber.
Seguia-me junto ao mar.
Esquecendo-se de suas Vidas.
Num eterno cantarolar.
Se foi sonho ou foi visão.
Nas aldeias nunca souberam.
Mas ainda hoje contam.
Que nos caminhos sou maestro.
Se voltando as suas aldeias.
Para alguns o amor virou deserto.
Não ouviram a melodia.
Com seus corações abertos.