Talhando o amor
O que será o amor após ser encontrado?
Será fruta doce ou um doce amargo?
Vento forte, intenso, turbulento?
Ou brisa leve, suave e de mais puro acalento?
O que será o amor após ser observado?
Será paisagem verde, linda e bela?
Ou como vemos em dias hoje uma cidade gélida?
Será como rio inteiro, limpo e cândido?
Ao qual corre em zum, zum, zum a libélula em vôo harmônico?
Será chuva, cheirando, encharcando e chorando das flores a morte?
Ou a luz solar clara, intensa e laranja que das mesmas refaz a sorte?
De que será o amor feito para que corramos, cansemos e venhamos a sonhar com algo intáctil?
Será o amor feito de tristeza ou alegria?
Será que foi criado ou nasceu como a melodia?
Será que o sentimos e vemos realmente?
Do que será o amor constituído fogo, água ou vento?
Meu amor seria o talhar da saudade?
O polimento da brilhante paixão?
Seria o acariciar do coração?
O ninar dos tempos juntos?
O que seria o amor?
(Marcus Vinícius Araújo Pereira)