SUAVE ACALANTO

Cada gota que sobeja

No beijo silencioso do lábio seu,

Traduz... transluz inefável canto.

Neste beijo confesso,

Há o indízivel sussurrar de folhas caindo,

De brisa segredando viagens

No espaço-tempo de outono.

De cada gota deste beijo,

O suave e furtivo acalanto

Que me rouba, me doma, me silencia

Entre dentes, língua e lençóis...

E a noite continua a mesma,

Só que com muito mais estrelas!

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 27/02/2012
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