SUAVE ACALANTO
Cada gota que sobeja
No beijo silencioso do lábio seu,
Traduz... transluz inefável canto.
Neste beijo confesso,
Há o indízivel sussurrar de folhas caindo,
De brisa segredando viagens
No espaço-tempo de outono.
De cada gota deste beijo,
O suave e furtivo acalanto
Que me rouba, me doma, me silencia
Entre dentes, língua e lençóis...
E a noite continua a mesma,
Só que com muito mais estrelas!