Jeito de amar

De repente, eu me pego escrevendo poesia

O pão de cada dia da grande sobrevivência

Alento do coração, produto do amor

Chama da paixão.

Surpreendido pelo amor sagaz, fraterno

Ou bandido, que sempre satisfaz,

Pego-me amando a vida como se ela

Não fosse mais existir.

Ponho-me de alma solta voando no espaço sideral,

Livro-me do mal do mundo dos vivos,

Tomo o céu como paraíso e invento o amor mais fraterno

De que tanto preciso.

Crio novo mundo, penso em nova vida ao vagabundo

Nas entranhas do inferno, invento verões e invernos

Embriago-me de poesia, a doce mania do sôfrego poeta.

Saltitante como criança deito e rolo na grama

Que meus algozes pisaram sem dó nem piedade.

Ô Deus da veracidade, por que disseste que me amavas

Se tudo que de mim afastaste retorna em turbilhão?

Pois eu queria tanto não viver essa vida vazia!

Ter o amor em minhas mãos para atirr no ar

Como pétalas a cada irmão, amar mesmo

Sem ser amado, ser pela natureza abençoado

E andar com os pés no chão.

Deus, Deus meu, de todo o universo, dê-me forças para transpor

As barreiras dos pecadores, a ti cantar louvores quando eu de ti

Não mais precisar e aproveitando a oportunidade peço-te:

Dê vos vida a todos e a mim apenas sorriso se te sobrar!.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 19/01/2007
Reeditado em 19/01/2007
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