Numa espécie de luar…

Vago

Assim tem de ser

Pela sua essência

Para o bem da sua definição

Porque quando certas coisas

Se tornam demasiado claras

Excessivamente explícitas

Arriscam-se a se perderem

No meio do que significam

No meio da sua própria definição

E é por isso

Que maximizo

Ou minimizo

O que me toca bem fundo

O que me é especial

Com mil e uma imagens

E metáforas

Que servem não de máscara

E muito menos de camuflagem

Servem de tinta

Para sublimar

O que já de si é belo

Para tornar

O belo em sublime

Num jogo de contrastes

Onde a fealdade

Troca de lugar

Com a o divino

E o divino com a fealdade

Porque realmente

Nada parece ser como é

Tal depende do ângulo como é visto

Da nossa perspectiva

Da nossa sensibilidade

E por isso és

E serás sempre bonita

Independentemente do local

E do tempo

Onde te possa encontrar

Pela simples razão

Que te vejo sempre

Pela luz reflectida

Numa espécie de luar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/02/2012
Código do texto: T3519078
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