Numa espécie de luar…
Vago
Assim tem de ser
Pela sua essência
Para o bem da sua definição
Porque quando certas coisas
Se tornam demasiado claras
Excessivamente explícitas
Arriscam-se a se perderem
No meio do que significam
No meio da sua própria definição
E é por isso
Que maximizo
Ou minimizo
O que me toca bem fundo
O que me é especial
Com mil e uma imagens
E metáforas
Que servem não de máscara
E muito menos de camuflagem
Servem de tinta
Para sublimar
O que já de si é belo
Para tornar
O belo em sublime
Num jogo de contrastes
Onde a fealdade
Troca de lugar
Com a o divino
E o divino com a fealdade
Porque realmente
Nada parece ser como é
Tal depende do ângulo como é visto
Da nossa perspectiva
Da nossa sensibilidade
E por isso és
E serás sempre bonita
Independentemente do local
E do tempo
Onde te possa encontrar
Pela simples razão
Que te vejo sempre
Pela luz reflectida
Numa espécie de luar…