Andarilho

Quando anoiteceu, o seu olhar

Brilhou no céu feito luar

Iluminou o mundo

Que sonhei para nós

Eu caminhei sobre teus passos

A madrugada afora sem pensar em nada

E relembrei nossos momentos na calçada

Fui ao êxtase

Caminhei com a saudade

Que não deu trégua nenhum instante

A solidão bateu forte

E o meu coração acelerou na velocidade

Da estrela que cai sob a noite

E o meu peito se banhou do orvalho triste

Do amanhecer que teima em não acontecer

Ate as flores lamentam o meu sofrer

Eu vivo perambulando sem destino

Como um menino carente, um andarilho.

Um boêmio, sem nome, sem sonhos.

Ah! Como eu bebi

Pelas ruas eu sai, me perdi.

Não sei por onde recomeçar

A escuridão cobriu meus olhos

Não consigo enxergar

Tudo e tão vazio.

A dor do amor me fez endurecer

Não sinto nada mais, pode crer.

As estrelas são minhas testemunhas

Que te procurei, dei seu nome a uma delas.

Mas de nada adiantou, o infinito era muito distante.

Não pude tocá-la, nem senti-la, fiquei indiferente.

Acorvadei-me entreguei-me ao tempo

Hoje estou só, um andarilho.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 25/02/2012
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