Andarilho
Quando anoiteceu, o seu olhar
Brilhou no céu feito luar
Iluminou o mundo
Que sonhei para nós
Eu caminhei sobre teus passos
A madrugada afora sem pensar em nada
E relembrei nossos momentos na calçada
Fui ao êxtase
Caminhei com a saudade
Que não deu trégua nenhum instante
A solidão bateu forte
E o meu coração acelerou na velocidade
Da estrela que cai sob a noite
E o meu peito se banhou do orvalho triste
Do amanhecer que teima em não acontecer
Ate as flores lamentam o meu sofrer
Eu vivo perambulando sem destino
Como um menino carente, um andarilho.
Um boêmio, sem nome, sem sonhos.
Ah! Como eu bebi
Pelas ruas eu sai, me perdi.
Não sei por onde recomeçar
A escuridão cobriu meus olhos
Não consigo enxergar
Tudo e tão vazio.
A dor do amor me fez endurecer
Não sinto nada mais, pode crer.
As estrelas são minhas testemunhas
Que te procurei, dei seu nome a uma delas.
Mas de nada adiantou, o infinito era muito distante.
Não pude tocá-la, nem senti-la, fiquei indiferente.
Acorvadei-me entreguei-me ao tempo
Hoje estou só, um andarilho.