O nadar de anjos…
Nadava
Num sistema duplo
Duplicado
E complicado
Dei comigo a nadar
Dei comigo a voar
Fingindo que não estavas
Infeliz pela tua ausência
Quando estavas de facto a meu lado…
Nadando entre as nuvens
Nadando entre rochedos
Nadando ao lado de anjos
Nadando ao lado de ti
Enquanto apreciava essa companhia
E ao mesmo tempo dela tinha medo…
Dando asas à liberdade de expressão
Falando
Até à exaustão
Mas ao mesmo tempo
Fazendo de certas palavras
O maior dos segredos
Porque estavas por perto
E a liberdade se levada a um extremo
Se as ondas de tal manifestação de júbilo
Te tocassem
Tal poderia significar uma forma de degredo…
Situação sensorial
E em simultâneo confessional
Na qual evitávamos
O que era fundamental dizer
Porque o que nos poderia alimentar
Nos poderia fazer morrer
E assim
Nadávamos
Rumo à mortalidade
Rumo à imortalidade
Nadávamos de forma aleatória
Mas com o destino bem pensado
Nadávamos simplesmente
Estando
E ao mesmo tempo não tendo
Um e outro
Ao nosso lado…