O amor ainda vive

O amor partiu

Sem olhar para traz, sorriu.

Desfez-se de mim

Quase enlouqueci

Prometeu não voltar jamais

Levou consigo minha paz

Meus sonhos, minha vida, toda ilusão.

Desde então, caminho pelas ruas na contramão.

A procura de uma luz na escuridão.

Meus olhos vagam no vazio da madruga fria

E o meu corpo não se aquece

Padece na sua ausência

Todo sentimento perde a graça

Tua beleza está adormecida

Meu coração não sente mais nada

O amor foi egoísta

Não pensou nas conseqüências

Fez-me um boemista

Eu finjo que amo, mas não amo.

Perdi a essência do amor

Sou um fingidor

Congelei meus sentimentos

Não há, mas magia, nem encanto.

Não há desejo, nem sedução.

Tudo e mistério, mentira que virou paixão.

Tento fugir, sair por ai.

Mas esse amor me persegue

Ate em pensamento

Por aonde eu vá,

Carrego esse amor no meu peito.

Passou o tempo, não passou a dor.

Perdi a esperança, mas não perdi o amor.

Passou as lembranças, mas ficou a saudade.

No olhar o pranto, toda a verdade.

Na face, cicatrizes e feridas expostas.

Marcas sofridas e envelhecidas

Por toda a vida, uma vontade,

A felicidade de que o amor ainda vive.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 23/02/2012
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