O amor ainda vive
O amor partiu
Sem olhar para traz, sorriu.
Desfez-se de mim
Quase enlouqueci
Prometeu não voltar jamais
Levou consigo minha paz
Meus sonhos, minha vida, toda ilusão.
Desde então, caminho pelas ruas na contramão.
A procura de uma luz na escuridão.
Meus olhos vagam no vazio da madruga fria
E o meu corpo não se aquece
Padece na sua ausência
Todo sentimento perde a graça
Tua beleza está adormecida
Meu coração não sente mais nada
O amor foi egoísta
Não pensou nas conseqüências
Fez-me um boemista
Eu finjo que amo, mas não amo.
Perdi a essência do amor
Sou um fingidor
Congelei meus sentimentos
Não há, mas magia, nem encanto.
Não há desejo, nem sedução.
Tudo e mistério, mentira que virou paixão.
Tento fugir, sair por ai.
Mas esse amor me persegue
Ate em pensamento
Por aonde eu vá,
Carrego esse amor no meu peito.
Passou o tempo, não passou a dor.
Perdi a esperança, mas não perdi o amor.
Passou as lembranças, mas ficou a saudade.
No olhar o pranto, toda a verdade.
Na face, cicatrizes e feridas expostas.
Marcas sofridas e envelhecidas
Por toda a vida, uma vontade,
A felicidade de que o amor ainda vive.