Doente de Amor

Alguém já esteve doente de amor?

Sabe o que é sentir o corpo pequeno

Para a grandeza da alma e a imensidão do coração?

Alguém já desejou tanto outro alguém

Que qualquer esforço, dor ou inquietação

Se tornou pequena diante do vastidão e da devoção?

Alguém sabe me responder

Se beijos são mesmo consumação

Sorrisos, falas da alma

E exaltação do que se possui de melhor na leitura do outro?

Alguém já amou tão intensamente

Que a felicidade do outro

É a maior recompensa

Sua alegria, o cântico maior no seu próprio amor?

É possível isto em um corpo mortal?

É possível tanta intensidade sem que as células se rompam

E tecidos e órgãos se fundam nesta energia que move mente, alma e coração?

Não sei responder.

Só sei que estou doente de amor.

E esta doença, que é prêmio, bálsamo e presente

É também benção de deuses de todas as eras

De mundos que sempre foram meus e só agora me pertencem.

Por ele.

Único, indescritível e completo na simplicidade

Ele que tem o dom de me transformar em alguém melhor a cada momento.

Quero sua cara de chuva.

Seu sorriso de todos os dias.

Lua Sua
Enviado por Lua Sua em 23/02/2012
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