«Psiquê velando o sono de Eros» - Tela de Louis-Jean-François Lagrenée (Paris, 1769)
A PRIMEIRA VEZ
Dorme, meu doce Amado,
Languidamente em repouso,
Dorme um pouco agora,
Sobre o leito, saciado,
Enquanto a chuva cai lá fora…
Nossos corpos ainda molhados
Pelo amor feito pela primeira vez
Entre uma mistura de dor e prazer…
Nos lençóis vestígios do nosso encontro
Fruto de um amor intenso,
Feito de delícias,
Um amor puro, sem malícias,
Que é nossa loucura fremente,
Uma entrega absoluta de corpo e mente,
Partilhando o amor que precisávamos
Entre beijos e carícias, inebriados,
Numa entrega sem pudor
Em nosso ninho,
Feito de ternura e carinho...
É tão profundo este amor,
Mas tem a plenitude e a leveza de uma flor!
Dorme, descansa, meu Amado...
Dorme um sono bem profundo,
Mais tarde teremos mais,
Em breve será nosso o mundo…
Chovendo no Rio. Ouvindo a chuva e: «Como é grande o meu amor por você» - Roberto Carlos
Rio, 22/02/2012
Ana Flor do Lácio