Medo de ser chuva de verão.

Meu coração desarvora
Certo instante se apavora
Num medo de lhe perder
De acreditar que tudo
Não passou de um anoitecer
Terminado ao amanhecer

Que as palavras ditas
O intenso amor vivido
Foi apenas um momento
Que não enraizou no sentimento.
Que tudo que houve
Foi apenas desejo, sexo
Palavras soltas pelo êxtase
Na hora do prazer.
Que espalhou-se no vento.

Entreguei-me de verdade
Deixei ser conduzindo
Acreditei que não era apenas
O desejo pelo fruto proibido
Que era mais que tesão
Não apenas chuva de verão
Que ao por do sol
Seca-se não deixando nem sinal
Do amor que nos envolveu.
Enfim, de tudo que aconteceu.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 18/01/2007
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