Domados...
 


Vorazes velozes atrozes ferinas feras
Que no cio, uivando terríveis uivos à lua
A satisfazer nessa misteriosa espera
A volátil, veemente, voraz vontade nua
Indômita, desenfreada sede e fome
De seu carnívoro pecado
Na secura dos loucos desejos aflorados...



As garras com que agarra essa negra pantera
O embate alucinados dos bichos:
De fera com fera
Os sonhos arranhados em plena madrugada
Vorazes velozes atrozes feras se consomem
Se comem, se bebem, se saciam até a alvorada...



Mas do látego do amor se fazem cativados
Domados trazem no peito ensanguentado
Os restos, rotos, sujos do passado
No corpo o cheiro da carne entranhado
E a docilidade de  animais que foram domados
Unidos na coleira desse "tolo" e forte sentimento...

 
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 22/02/2012
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 22/02/2012
Reeditado em 22/02/2012
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