Domados...
Vorazes velozes atrozes ferinas feras
Que no cio, uivando terríveis uivos à lua
A satisfazer nessa misteriosa espera
A volátil, veemente, voraz vontade nua
Indômita, desenfreada sede e fome
De seu carnívoro pecado
Na secura dos loucos desejos aflorados...
As garras com que agarra essa negra pantera
O embate alucinados dos bichos:
De fera com fera
Os sonhos arranhados em plena madrugada
Vorazes velozes atrozes feras se consomem
Se comem, se bebem, se saciam até a alvorada...
Mas do látego do amor se fazem cativados
Domados trazem no peito ensanguentado
Os restos, rotos, sujos do passado
No corpo o cheiro da carne entranhado
E a docilidade de animais que foram domados
Unidos na coleira desse "tolo" e forte sentimento...